Cabo Verde não sentiu falta de um Governo, em 5 anos “muito difíceis”

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Posição é do Primeiro-Ministro, que fazia o balanço da sua governação, num evento promovido pelo Grupo Parlamentar do MpD, na Assembleia Nacional

O Primeiro-Ministro afirmou, esta tarde, que em 5 anos da sua governação, num contexto “muito difícil”, o País não sentiu falta de um Governo, porque este esteve sempre presente. “Cumprimos o essencial do nosso programa, em um contexto extraordinário”, precisou.

Para Ulisses Correia e Silva, o País sentiu sim falta de uma Oposição patriótica, comprometida com Cabo Verde, porque durante esses cinco anos, referiu, o País deparou com uma Oposição a Cabo Verde.

O Chefe do Governo diz ainda que nesses 5 anos, estão com cabeça levantada, e com sentido de compromisso realizado e com mais vontade de vencer a próxima etapa.

O Governo, na opinião de UCS, herdou uma crise económica e social, com o País a crescer numa média de 1% de 2009 a 2015, e com o desemprego superior a 12%.

Depois de 2016, foram 3 anos de seca consecutiva, com a pandemia da Covid-19, e “com uma Oposição não comprometida” com as causas do País. Por tudo isso, o PM é categórico ao afirmar que “nenhum Governo, governou o País numa situação tão difícil como este”.

Para UCS, com 3 anos de seca severa conseguiu-se criar no País 26 mil empregos, no setor não agrário, “ou seja fora da agricultura”, pelo que se não fosse esse fator, estáva-se a caminhar para a criação dos 45 mil empregos como prometido, sublinhando que a seca “fez perder cerca de 15 mil empregos”.

O Governo inverteu a tendência económica deixada pelo PAICV, inspirou a confiança, metigou a seca e protegeu os agricultores, criadores de gado, entre outros, estabelecendo o preço fixo dos cereais, como trigo e o milho.

Na pandemia, disse, protegeu-se o emprego, as famílias, as empresas entre outros setores.

Com este Governo, referiu ainda, o País, estava a crescer a uma média de 5%, e fechou o ano de 2019 com uma média de 5,7%.

Este Governo reduziu o número de jovens sem formação, que era 68 mil em 2015, passando para 57 mil em 2019, isso, disse, porque investiu-se na educação. “Hoje é compensador verificar que temos uma juventude com atitude empreendedora”, referiu, sustentando que a política feita não foi só em formar jovens, “criamos condições para que os jovens pudessem ter acesso ao emprego, com kits de emprego, financiamento para criar o seu emprego. (…) Por detrás dos 1,3 milhões investidos, há jovens e empreendedores”.

UCS, precisou ainda que “no próximo ciclo” irão aumentar ainda mais os investimentos no setor.

Nesses 5 anos, foram investidos na Inclusão Social, com cerca de 30 mil beneficiários, reabilitação de casas das pessoas mais pobres, acesso à água e energia e perdão de dívidas, redução da renda de Casas para Todos, políticas contra abusos sexuais de crianças, idosos beneficiados, com rede de cuidados, aumento de acesso aos medicamentos, política na igualdade e equidade de género, condições para pessoas com dificiencias, isenção de propinas.

Foram investidos no setor da saúde, nas infraestruturas de saúde, mais de 1 milhão de contos em equipamentos hospitalares para os centros de saúde do País, redução das evacuações internas, aumento dos profissionais de saúde e isençáo da taxa moderadora de saúde.

Na educação, foi possível a uinversalização do ensino pré-escolar, reforma do sistema de ensino, com “grande impacto” na redução do abandono escolar, e redução no insucesso escolar, gratuitidade do ensino básico e secundário e professores formados na digitalização.

A segurança, conta, é muito diferente, “é só lembrar do ano de 2015, que foi o pior anos dos últimoas anos de Cabo Verde independente”, acrescentando que hoje a diferença é “enorme”, que é só ver as estatísticas. Entretanto, reconhece que problemas existem, mas que é muito melhor que antes.

Na agricultura, há mais água. O Governo apostou fortemente na dessalinização. Há várias realizações, e ainda há mais 35 milhões de Euros para ser investidos nos próximos anos, na mobilização de água, em vários pontos do País, sem contar com aquilo que o Orçamento de Estado irá acrescentar.

Nas pescas, o PM esclarece que quando se encontra “muitas coisas estragadas”, estas devem ser reabilitadas primeiro, contudo, disse, “não foi só no setor das pescas que foram encontradas coisas degradadas, na saúde também”.

Em todos os setores foram investidos, e há condições de se fazer mais, contudo primeiro, diz, deve-se ultrapassar essa crise pandémica.



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