Confirmado. Governo vai introduzir língua Cabo-verdiana no ensino secundário

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No passado mês de junho, o Ministro da Educação mostrou essa disponibilidade do Executivo durante um encontro que teve com o investigador e linguista Manuel Veiga

Já é uma certeza, o Governo vai a partir do próximo ano letivo, 2022/2023, introduzir a língua Cabo-verdiana no ensino secundário, a partir do 10 ano de escolaridade.

A informação é avançada pelo Ministério da Educação, numa publicação na sua página da rede social Facebook.

“O Governo, através do Ministério da Educação, vai fomentar a introdução da disciplina “língua cabo-verdiana” no Ensino Secundário (a partir do 10º ano de escolaridade), no ano letivo 2022/2023”, lê-se na referida publicação.

Na mesma nota o Governo informa que essa introdução é de forma experimental, “para servir de piloto para o seu alargamento a médio prazo, após amplos consensos científicos”.

De realçar ainda que esta disciplina será introduzida no âmbito dos novos planos curriculares da reforma do ensino secundário, em processo de conceptualização e implementação.

O Governo, diz ainda a nota, tem a total disponibilidade em apoiar e fomentar a investigação de base académica visando consensos técnico-científicos em matérias da linguística, uniformização e padronização das bases gramaticais e ortográficas da língua nacional, comum às suas diversas variantes. “A investigação poderá também incidir sobre o alfabeto unificado do crioulo, o ALUPEC, tendo em vista alcançar abrangência e conter resistências ao seu uso na escrita do crioulo”, lê-se.

Recorde-se que no passado mês de junho, o Ministro da Educação, Amadeu Cruz, reuniu-se no passado mês de julho, com as representantes do grupo promotor da petição sobre a política linguística em Cabo Verde e com o investigador e linguista, Manuel Veiga, para abordar questões ligadas a investigação linguística e a metodologia conducente à integração de uma disciplina de língua Cabo-verdiana no sistema de ensino, no âmbito da reforma do Ensino Secundário.

Haverá necessidade de fazer uma articulação e sintonização entre o Ministério da Educação e o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, em virtude de alinhamento em matérias mais ligadas à cultura e de ordem constitucional, bem como a necessidade da criação de um grupo de trabalho conjunto para a elaboração de um plano de ação de fomento da investigação e do ensino da língua Cabo-verdiana.

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1 COMENTÁRIO

  1. Ku ensinu ofisial di nos língua maternu, nu ta valoriza nos identidadi, nos stória, nos kultura, nos patrimóniu. Ka ten tadju nu bai, pa frenti k’e kaminhu, nos tudu ta ganha, nos língua e nos maior rikeza. Ka nu tuntunhi, nu sabi mo ke-li e un prusesu en konstruson ku tudu s’e dinamika inplísitu.

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