A pandemia do novo coronavírus colocou um travão no crescimento da economia nacional, que crescia, acima dos 6%, no primeiro trimestre, mas o Estado aponta para a necessidade de ter uma “economia funcional”
As previsões das entidades financeiras, como a agência financeira FITCH, em relação a Cabo Verde, são pessimistas, face à situação provocada pelo Covid-19, mas o Diretor Geral do Tesouro, Hernâni Trigueiros, aponta para a urgência da retoma de alguns projetos que ele classifica de “essencial” e “prioritários”.
Segundo observou, há que haver “incentivo ao crescimento económico”, por que “isto é importantíssimo”.
Segundo observou Trigueiros, a construção civil é uma das atividades que vai reabrir, em meio à crise pandémica, porque “é essencial” para a dinâmica económica nacional.
Num momento em que a agência financeira FITCH prevê que, até ao final de 2020, a dívida pública de Cabo Verde deverá chegar aos 154% do PIB nacional, este dirigente público aponta para a capacidade nacional de se evitar perdas de rendimentos, evitar os despedimentos, manter empresas funcionais e ter uma “economia funcional”.
Nas palavras do DG do Tesouro “isto é essencial para que o País tenha estabilidade e para que possa operar dentro de um quadro de normalidade”.
Hernani Trigueiros admite que, doravante, Cabo Verde vai ter “menos condições” comparado com o que tinha antes, sobretudo dos pontos de vista económico e de disponibilidades.
Entretanto, para se conseguir o objetivo proposto, adiantou, o Governo vai avançar com a implementação de grandes projetos para dinamizar a economia e garantir rendimento às empresas e trabalhadores, até para poder, depois, cobrar impostos.
“Nesta altura é essencial que projetos se realizem, sobretudo os projetos prioritários”, precisou.