Orçamento para deslocações. PM desmistifica e leva oposição às cordas

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Apenas 13% é a parte gasta pelo Governo, dos 600 mil contos. Ulisses Correia e Silva colocou tudo em pratos limpos, deitando por terra a ideia de que os mais de 600 mil contos em deslocações seria só do Governo. Assembleia Nacional tem quase dobro do montante destinado ao Executivo

O Primeiro-Ministro fez hoje uma intervenção na parte final da sessão plenária, sobre o Orçamento Geral do Estado, para esclarecer alguns pontos da proposta, considerado por muitos Deputados como “brilhante”.

Ulisses Correia e Silva arrasou o PAICV com alguns esclarecimentos sobre o OGE em matéria de deslocações.

O Partido da Oposição tem partilhado a ideia de que os mais de 600 mil contos para deslocações, inserido no OGE2022, seria só para o Governo, ou seja, que o Governo vai gastar só em deslocações dos seus membros mais de 600 mil contos, em 2022. Tudo falso.

Na sua intervenção, o PM esclareceu que a Assembleia Nacional tem um total de despesas com deslocação de 140.197 contos, Gabinetes do Governo, com Primeiro-Ministro, Ministros e Secretários de Estados, tem uma despesa com deslocação no valor de 85.625 contos, Presidência da República, 15.644 contos, Justiça 25.914, Segurança/Defesa 25.448 contos, Saúde 75.814, Educação 58.949, incluindo ainda outras funções de regularização.

Ulisses Correia e Silva afirmou ainda que só a Assembleia Nacional, para deslocações dos Deputados, tem quase o dobro do montante destinado ao Governo. “Não estou a dizer que 140 mil contos de gastos com deslocações no Parlamento, não são necessários, Deputados têm de exercer as suas funções, têm de ter visitas aos seus círculos”, disse, sublinhando ainda que acha que os 15 mil contos da Presidência da República “é até insuficiente”.

O Chefe do Governo precisou ainda que qualquer leitura diferente, no sentido de passar a imagem que o Governo gasta mais de 600 mil contos com deslocações é “uma inverdade, é uma manipulação grosseira de dados e uma intensão negativa no sentido de manchar a imagem da classe política, e do Governo”.

Hoje o Parlamento iniciou o debate sobre o OGE que continua amanhã, sexta-feira.

Confira na integra a intervenção do PM no video da peça.

 

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5 COMENTÁRIOS

  1. Dois dias em que o MpD encostou o paicv às cordas, com as recochetes a atingir em cheio ao palácio do Zemas. Primeiro a Isa Costa, brilhante, embora tivesse esquecido da farra do Rui Semedo e família e outros ministros do governo do Zemas no Maio, com viagem assegurada por um bimotor da Força Area de Cabo Verde para a festa da filhota do papai. Segundo, foi hoje que UCS encostou o paicv às cordas, quando impediu o paicv de fazer o chantagem com o teto da dívida em relação ao PIB. O desconforto foi geral. Na Praia contudo, é um dado adquirido que JMN obrigou o Rui Semedo a votar favorável à elevação do tecto da dívida. Em troca JMJ apoia a candidatura do Rui Semedo à presidência temporária do paicv, antigo sonho do Rui Semedo, antes de sua aposentadoria. Os deputados e ministros do MpD de formação económica e a equipe da área económica estiveram muito bem em todas esferas (macroeconómica, fiscal, orçamental, financeira) e se tivesse cambial a surra seria ainda maior. Do lado do paicv, as despesas ficaram por conta do patusco sindicalista Julião Varela. O problema é que Julião Varela não entende da economia. Recebe cábulas do Avelino Bonifácio, da Madalena Neves, Carlos Burgo, José Serra. Coincidência ou não, todos da escola Económica do marxismo. Enfim, em pleno século XXI, o paicv ainda se socorre de economistas formados no leste europeu para teorizar economia. Depois as sucessivas incursões do Emanuel Barbosa deixaram o paicv sem argumentos. Grande revelação: Aniceto Barbosa, mas que discurso, na língua de terra? Brilhante, grande Xeto.

  2. Normalmente o mpd no parlamento por uma postura democrática correta deixa-se levar pelas sistemáticas desinformação do Paicv. Como desta vez agiu bem já distribui meio mundo sem pedir autorização ao jornal dessa grande peça jornalística.

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